Seja para quem planeja uma viagem de férias ou então para quem está de mudança definitiva, uma dúvida muito comum entre os viajantes é como funcionam as estradas no exterior. Quais os documentos necessários? Será que as sinalizações são diferentes? Como evitar multas?
Se você quer dirigir na Itália, mas ainda está inseguro com o processo, fique atento a este post. Nós responderemos suas principais dúvidas! Preparados? Então Allacciate le cinture! (Ou, apertem os cintos!)
Documentos necessários para dirigir na Itália
A primeira pergunta que geralmente passa pela mente de quem planeja dirigir pela Europa é: “mas eu preciso transferir minha carteira de motorista?”. A resposta é… Depende! Se você está indo para a Itália apenas a turismo e pretende alugar um carro para conhecer o país, você pode sim usar o seu documento nacional, mas com ressalvas.
Brasileiros em viagem com duração máxima de 180 dias para Europa, poderão dirigir de posse da CNH nacional. No entanto, isso só pode ser feito em conjunto com a tradução juramentada, ou com a Permissão Internacional para Dirigir (PID).
Segundo o código de estradas italiano, esses documentos não são válidos separadamente. E não arrisque! A multa para quem for pego dirigindo sem um destes certificados, ou com a data vencida, pode chegar a €1.600, além da apreensão do veículo.
Entretanto, caso você seja cidadão italiano e esteja de mudança para o velho continente, a troca do documento é possível, desde que:
. possua a Carteira Nacional de Habilitação brasileira válida;
. seja residente na Itália por menos de 4 anos;
. tenha adquirido a primeira habilitação antes da data da residência legal na Itália;
. seja portador de carteiras das categorias A e B.
Para realizar a troca da carteira brasileira pela italiana, basta dirigir-se à Motorizzazione Civile local (ou o centro de registro de veículos) portando os seguintes documentos:
. CNH brasileira válida;
. PID ou tradução juramentada da CNH brasileira;
. 1 marca da bollo de €16 (espécie de selo de tributo adquirido nos tabacchi – estabelecimento comercial que vende cigarros e selos);
. Cópia dos documentos de identidade e do codice fiscale (CPF italiano);
. Certificado médico – emitido pelo médico de base;
. Comprovante do pagamentos de taxas;
. Formulário próprio.
Vale lembrar também, que a idade mínima para dirigir um carro na Itália é de 18 anos e, para quem deseja alugar, 21. Em alguns estabelecimentos, motoristas com menos de 25 anos podem ter que pagar ainda uma taxa extra chamada de “jovem condutor”.
Como são as estradas italianas
As autostrade italianas, equivalentes às rodovias brasileiras, além de muito seguras, estão entre as mais extensas da Europa. Com cerca de 6400 km de rotas principais e 288 mil km de rodovias secundárias, é possível, tranquilamente, conhecer de norte à sul do país sobre rodas.
Na Itália, bem como em boa parte dos países europeus, conduz-se do lado direito e é obrigatório trafegar com os faróis acessos, inclusive durante o dia. As principais rotas podem ser identificadas por placas verdes com um “A”, seguidas de um número. A rodovia que liga Milão a Roma, por exemplo, é a Autoestrada “A1”, e as Stradas Statales (SS), são estatais sinalizadas por placas de coloração azul, também acompanhadas por números.
E atenção aos radares! O “autovelox”, tipo mais conhecido e temido entre os italianos, é um sistema nacional da polizia stradale (polícia rodoviária), interligado e responsável por administrar o controle eletrônico de velocidade nas estradas do país. Estas pequenas maquininhas calculam a média de velocidade percorrida entre os trechos, baseada no tempo que você levou para percorrê-los.
Por exemplo, as câmeras do “autovelox” tiram uma foto da placa do seu carro quando você passar pelo primeiro ponto e, outra, quando você chega ao próximo radar. Assim, a partir do resultado distância/tempo percorrido entre as duas câmeras, é calculada a sua velocidade média e aplicada a multa, se necessário. Diferente, não?!
Como é o sistema de pedágios
No caso das rotas nacionais (A), é comum encontrar pedágios que são pagos de acordo com o trecho da estrada que foi percorrido. Em termos práticos, funciona assim: o condutor pega um ticket no primeiro posto de pedágio, segue a viagem e paga o valor equivalente ao que foi percorrido somente em um segundo posto. O pagamento pode ser realizado em dinheiro, em cartão de crédito/débito, ou através de sistema de cobrança por adesivo magnético automático.
Regras de condução
Em termos gerais, as regras de condução para veículos na Itália seguem o mesmo padrão já conhecido no Brasil. O limite de velocidade nas autoestradas, normalmente, é de 130 km/h; em rodovias secundárias é 100 km/h e, para zonas urbanas, 50 km/h. Além destas, as principais regras para dirigir nas estradas italianas são:
. cinto de segurança obrigatório, tanto para o condutor quanto para os passageiro. (O assento para crianças – ou “cadeirinha” – também é item básico);
. em cruzamentos e rotatórias, veículos que se aproximam pela direita tem prioridade de passagem;
. em épocas de neve, ou em épocas de chuvas intensas (primavera/outono), a velocidade nas autoestradas é reduzida para 110 km/h;
. atenção às faixas elevadas e destinadas a pedestres, eles têm preferência sempre;
. ultrapassagem exclusivamente pela faixa da esquerda e seguindo a demarcação da linha no chão (contínua – proibido ultrapassar /ou intercalada – permitida ultrapassagem).
Por fim, de forma a tentar garantir ao máximo a segurança dos viajantes pelas estradas italianas, existe um número de assistência destinado unicamente aos turistas estrangeiros: 800.116.800.
Este é o número ACI (Italian Automobile Club), que funciona 7 dias por semana, 24 horas por dia. Em caso de acidente com vítimas, uma ambulância pode ser acionada através do número 118. Se houver fogo no local do acidente, ligue para os bombeiros pelo número 115.
Percorrer a Itália de carro é sempre uma aventura inesquecível! Embora sejam várias as informações deste post, respeitando as regras e dirigindo com cuidado, não tem erro!