Você já conquistou sua cidadania italiana e agora está planejando se mudar para o país. Após tomar essa decisão, é preciso pensar qual será sua fonte de renda. Ao começar o planejamento, sua veia empreendedora pensou automaticamente na oportunidade de fazer negócios em um novo território?
Se é foi o caso, temos boas notícias: o processo para abrir uma empresa na Itália pode ser mais simples do que você imagina. Neste artigo, contamos todos os detalhes sobre documentação e o processo para empreender na Itália. Confira a seguir e bons negócios.
Quais são os melhores negócios
Um dos passos para ser bem-sucedido em um novo negócio é apostar em um mercado promissor e com muita demanda de público. Na Itália, alguns se destacam com maior potencial de rentabilidade. São eles:
. Hotelaria/Turismo: nesse mercado, o céu é o limite. É possível trabalhar com hospedagem em pequenas pousadas ou, mesmo, serviços de turismo, como guias e assessorias.
. Alimentação: sorvetes ou gelatto, em bom italiano, vinhos e comidas frescas são os destaques.
. Serviços: desde manutenção, limpeza e catering, o universo de serviços tem um grande mercado a ser explorado.
. Franquias: Outro interessante mercado para investir no país é o de franquias. Esta pode ser uma boa alternativa para investidores que não querem ter custos específicos com a criação de uma nova marca. Para escolher a melhor franquia, tenha claro o valor disponível para investimento. Com esse teto definido, pesquise as opções disponíveis. Uma boa alternativa para conhecer mais as empresas ofertadas pode ser participar de feiras e congressos desse setor.
Leia também: como investir na Itália.
Como abrir sua empresa
Depois que definir o mercado de atuação, é hora de partir para a parte burocrática do processo. Para começar, é preciso escolher entre as seguintes categorias:
. Società a Responsabilità Limitata (SrL): categoria voltada para pequenas e médias empresas, com capital mínimo de 10 mil euros. É necessário ter, pelo menos, dois cotistas.
. Società per Azioni (SpA): para médias e grandes empresas, com capital mínimo de 12 mil euros. Nessa categoria, é preciso ter, pelo menos, um diretor.
Documentos necessários
Com a categoria da empresa definida, é preciso reunir a documentação e cumprir alguns requisitos:
. Ter o partita IVA (documento italiano semelhante ao CNPJ);
. Ter conta em um banco italiano;
. Comprovar fundo de investimento;
. Realizar um plano de negócios;
. Registro VAT (semelhante ao ICMS);
. Organizar os estatutos da empresa;
. Realizar o registro na Secretaria de Empresas;
. Contar com a ajuda de um contador;
. Ter a assinatura reconhecida em um órgão público da Itália;
. Obter aprovação do tribunal italiano.
Em nenhuma das categorias existe restrição de capital estrangeiro. As finanças no caso, deverão ser auditadas todos os anos em um relatório.
Cadastros e registros
Se cumpre os requisitos e já tem toda a documentação, o processo de abertura da empresa deve ser realizado na Agenzia delle Entrate (semelhante à Receita Federal) e na Camere di Commercio. A resposta acontece em cerca de dez dias.
Após aprovação dos dois órgãos, empresários e sócios devem assinar o atto costitutivo, ou seja, a escritura pública e o estatuto social da empresa. As assinaturas de todos devem ser reconhecidas em órgão público italiano.
Além disso, é preciso realizar um cadastro semelhante ao do CNPJ no Brasil. O Partita IVA é o código fiscal italiano e tem custo de €150. É preciso, ainda, registrar o VAT – algo equivalente ao ICMS no Brasil – na Secretaria de Empresas. O valor desse registro é €300.
Assim como qualquer empresa no Brasil, também é essencial contar com os trabalhos de um contador e ser rigoroso com as informações contábeis do negócio.
Impostos italianos
Uma das grandes vantagens de empreender na Itália está relacionada com as regras de impostos do país. Na verdade, de toda a União Europeia. Todos os países do acordo trabalham com uma taxa de impostos única, o IVA. Cada país, no entanto, é responsável por determinar o percentual.
Na Itália, o percentual para a venda de produtos e serviços é de 22%. O tipo da empresa e dos serviços oferecidos, porém, impactam e podem levar a uma possível redução, chegando a até 5% ou 10% de imposto.