Como funciona o sistema de saúde italiano

Você está pensando em se mudar para a Itália? Se o país está nos seus planos, pode ter certeza que experiências muito interessantes te esperam! A Itália é um lugar cheio de pessoas sorridentes, calorosas e acolhedoras. Muito do nosso comportamento aqui no Brasil tem influência, também, italiana. Gesticulamos, nos abraçamos, falamos alto se ficamos animados com o assunto e com as pessoas à nossa volta. Esperamos que, uma vez em solo italiano, você se sinta em um novo mundo ao mesmo tempo que se sente, também, em casa!

Um dos pontos mais queridos para as pessoas que se mudam para lá – ou para quem vai ao país como turista – é, sem surpresa nenhuma, a gastronomia! Junto, no topo do podium, a arte, a cultura, a moda e a arquitetura também reinam absolutas. São muitas as belezas da Itália.

Porém, assim como em qualquer mudança, é preciso se planejar antes de fazer as malas: pesquisar as pequenas e as grandes cidades, fazer uma expectativa de gastos, levantar as ofertas de emprego e/ou educação, entender o transporte público e a saúde! Este último ponto sempre foi importante, mas, nos tempos atuais, requer atenção redobrada! Por isso, se você quiser saber mais sobre como funciona a saúde na Itália, siga a leitura conosco!

Sistema de saúde na Itália

“Os imigrantes têm acesso a saúde pública?”, “E se eu for cidadão italiano através do processo de reconhecimento de cidadania, o mesmo se aplica?” “O acesso é gratuito ou devo fazer um plano de saúde?”, “Quanto vou gastar?”. Se essas perguntas já rondaram seu pensamento enquanto você planeja (ou sonha) com uma mudança ou viagem para a Itália, é hora de respondê-las!‍

O sistema de saúde na Itália tem mais similaridades com o do Brasil do que você pode imaginar. Por exemplo, nos grandes centros urbanos ou nas cidades turísticas, existe uma cobertura mais reforçada nesse quesito, além de um maior número de médicos, hospitais e centros de tratamento. Nas pequenas cidades e que não recebem tantas visitas, há menor necessidade de investimento. Fato é que, não importa onde você esteja, sempre vai haver um profissional (chamados de medico di famiglia ou de guardia medica) para prestar atendimento de urgência ou tratar doenças e enfermidades. Você não vai ficar desamparado nesse quesito!

Quem pode usufruir do sistema de saúde público?

Se você nasceu e mora na Itália, é claro que tem acesso ao SSN, que significa Servizio Sanitario Nazionale (Sistema Nacional de Saúde). E se você é cidadão italiano por meio do reconhecimento de cidadania, a regra também se aplica a você porque, afinal, você é um cidadão assim como qualquer outro. Portanto, pode usufruir dos serviços públicos. Para quem está indo como turista ou não possui um visto válido, a situação é diferente e não há cobertura por parte do sistema de saúde. Por isso, é recomendado que você faça um seguro ou tenha alguma alternativa para cobertura de saúde. Veja mais no ponto final deste artigo.

Qual o valor gasto com saúde?

Falamos das semelhanças com o Brasil mais acima, mas chegou a hora de falar das diferenças. Enquanto, em nosso país, os gastos com a saúde constituem uma parte importante do orçamento familiar, na Itália isso não acontece. Todos os gastos com atendimento de urgência e emergência estão cobertos pelo SSN. Você só precisará pagar à parte as consultas com especialistas e determinados exames. O valor varia, mas gira em torno de 25 euros por consulta.

Como se cadastrar no SSN?

Após ter se instalado na cidade italiana você precisará se dirigir à ASL (Azienda Sanitaria Locale) mais perto da sua casa para se cadastrar no sistema de saúde e solicitar sua “carteirinha”, chamada de tessera sanitaria. Para isso, será preciso juntar alguns documentos, são eles:

  • comprovante de residência (seja com contrato de aluguel, comprovante de compra de imóvel ou atestados referentes à moradia universitária/estudantil, por exemplo);
  • identidade ou passaporte;
  • permissão de residência (apenas para não-cidadãos);
  • Codice Fiscale (o “CPF” da Itália).

Sobre o seguro de saúde (CDAM)

Para quem vai viajar (seja a lazer ou negócios) é importante que se leve em consideração que o país não garante acesso à saúde pública a turistas. Por isso, para não ficar desamparado caso haja algum imprevisto, é importante que você faça um seguro de saúde ou o Certificado de Direito à Assistência Médica (CDAM). Este certificado é referente a um acordo firmado entre Brasil, Itália, Portugal e Cabo Verde onde se garante que os brasileiros tenham atendimento no sistema público de saúde de tais países nas mesmas condições que os cidadãos naturais.

Para fazer a solicitação do CDAM (que tem durabilidade de 1 ano) no portal de serviços do Governo Federal, é preciso:

  • ser cidadão brasileiro;
  • ou ser cidadão estrangeiro residente no Brasil;
  • e estar em dia com o INSS.