COVID-19: o que esperar da economia italiana depois da pandemia

A pandemia de COVID-19 trouxe múltiplas e graves consequências para diversos países do mundo. Embora alguns poucos tenham conseguido passar pelo período de forma a carregar menos marcas em sua história, muitos outros não tiveram tanta sorte (ou preparo). A Itália chegou a registrar o maior número de mortes na Europa por COVID, superando mesmo o Reino Unido, de acordo com matéria do portal G1. Ainda segundo o jornal, foi também o primeiro país a aplicar algumas medidas restritivas mais severas, como limitações e até proibições a viagens mesmo no período das férias de final de ano e no Natal. Embora a Itália já tenha sido o epicentro da pandemia e protagonizado imagens tristes, que ficarão para sempre marcadas na história da humanidade como lembranças de medo e solidariedade, o país já vive dias melhores.

Atualmente, jovens de 12 a 17 anos estão sendo vacinados no país, que incluiu, inclusive sorvetes e ingressos para partidas de futebol como estratégias para incentivar a população a se cadastrar nos postos de saúde para a vacinação (fontes: Jornal Observador e Época Negócios). As fronteiras seguem parcialmente abertas para os países não pertencentes à União Europeia e, para os estados que fazem parte do bloco econômico, a entrada e saída é simples, especialmente depois da implementação do Certificado Digital – um documento validado via aplicativo de celular para monitorar testes diagnósticos e vacinação de cidadãos europeus ou imigrantes que moram na Europa. Com todos esses ajustes e avanços, a economia italiana também está se reerguendo. Veja quais são as expectativas para um futuro próximo com relação a esta questão.

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Economia italiana pós COVID-19

Talvez seja precipitado afirmar que a Itália ou qualquer outro país já esteja vivendo um momento “pós pandemia”, visto que a vacinação ainda está em curso e que casos e variantes continuam a ser registrados. Porém, é inegável que, para o alívio de todos, a situação já esteja, de modo geral, melhorando.

Os efeitos da pandemia na economia italiana de 2020

O cenário esperado era de queda de mais de 10% no PIB italiano no último ano. Uma “profunda contração econômica” de acordo com relatório divulgado pelo portal Uol, que apurou também que “A Comissão Europeia previa uma queda de 8,7% da economia, para uma retomada também de 6,1% no ano que vem. As maiores quedas, depois da Itália, devem ser da Espanha (-10,9%) e da França (-10,6%)”.

A situação da mulher italiana também foi fortemente agravada. Foi isso o que revelou a matéria do jornal português Expresso: “As mulheres entre os 25 e os 44 anos asseguram cerca de 70% das tarefas no seio das famílias italianas. Para as que têm filhos, a pandemia veio realçar o pesado fardo que é trabalhar dentro e fora de casa”. Uma realidade também sentida no Brasil e em tantos outros países.

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A retomada econômica de 2021

Confederação Geral da Indústria da Itália (Confindustria) previu um crescimento de 4,1% da economia ainda neste ano, e 4,2% no ano que vem. O que, de acordo com a Confederação, ainda não seria o suficiente para fechar a profunda lacuna econômica causada pela pandemia. Os economistas reforçam que não se trata de um crescimento, mas sim de uma retomada, e que estes números estão diretamente relacionados à vacinação em massa. (Fonte: Revista Isto É) Em duas previsões um pouco mais positivas, o Jornal Econômico entrega uma projeção de 4,9% ainda para este ano. E o também português Notícias ao Minuto aponta que a Itália apresenta uma economia mais resiliente que o esperado. O consenso é que a situação está direcionada para um lugar de melhora e o início de uma retomada de negócios e transações positivas.