COVID-19: situação da Itália em outubro

Esteja onde estiver, é seguro afirmar que todos nós fomos, de alguma forma, atingidos pela pandemia de Covid-19. O mundo não estava pronto para encarar um desastre de tamanhas proporções e ele foi sentido por cada um de nós, mesmo que em níveis e dimensões diferentes. Ainda que não se conheça ninguém que tenha contraído ou que não se tenha sentido, de maneira pessoal, os impactos econômicos, nós vivemos todos em sociedade.‍

Por isso, ninguém saiu totalmente ileso deste período (que, embora tenha melhorado muito, ainda não acabou). A Itália, em especial, protagonizou momentos de grande tristeza e pesar na primeira fase da pandemia, onde foi por algum tempo o epicentro da situação. Após muitas perdas e longos períodos de lockdown, o país viveu dias menos dolorosos.‍

Hoje, a Itália está em uma boa situação com relação ao controle da Covid. A Europa, de maneira geral, conseguiu responder bem devido à implementação de lockdown ou, ao menos, toque de recolher em quase todos os países. Aulas suspensas e trabalho à distância também auxiliaram no que viria a ser arrematado pela vacina. Este processo começou lento, com uma produção que não abasteceu tão rapidamente todos os países integrantes da União Europeia. Além do mais, foi preciso criar e ajustar as formas de vacinação em massa quando a produção entrou em um ritmo mais eficiente. O resultado disso foi rápido e inegável: a Itália (e demais países europeus) estão quase que totalmente de volta à normalidade. Ou, pelo menos, aos hábitos que conhecíamos antes da pandemia.

Casos de covid na Itália

Os casos têm estado sob controle na Itália, embora os números ainda sejam altos no país. Para referência, a primeira quinta-feira do mês de outubro teve, de acordo com o Ministério da Saúde italiano, 2.938 casos e 41 mortes. De acordo com o portal de notícias Terra, o país possui cerca de 4,5 milhões de casos de Covid-19 curados e 87.173 casos ativos. Este seria o menor número desde 30 de julho deste ano. Até o momento, aproximadamente 80% do público-alvo (população a partir de 12 anos de idade) já está completamente vacinado (ou seja, já tomou as duas doses de AstraZeneca, Moderna ou Pfizer ou a dose única da Janssen).

Vacinação

Até o início do mês de outubro, a Itália já possuía 85,7 milhões de doses administradas, totalizando 41,4 milhões de pessoas totalmente vacinadas. Uma porcentagem de 69,6% de toda a população residente no país (Informações do Instituto Our World Data). Recentemente, foi divulgada mais uma notícia com relação à vacina. Assim como tem feito a França, a Itália passou a exigir comprovante de vacinação a todos os trabalhadores. Quem não quiser se vacinar poderá ser suspenso do trabalho e ficar sem o pagamento, além de ser obrigado a pagar uma multa que pode variar entre  600 a 1,5 mil euros. A regra passará a valer a partir do dia 15 de outubro e foi uma medida implementada pelo primeiro-ministro Mario Draghi.‍

Além disso, o país já começou a distribuição da terceira dose da vacina. O primeiro grupo a recebê-la serão os  imunodeprimidos, como pessoas que estão fazendo tratamento contra o câncer ou que passaram por processos recentes de transplante. Ao todo, são cerca de 3 milhões de pessoas neste grupo. Em seguida, serão vacinados os idosos com mais de 80 anos,  trabalhadores de lares e os profissionais do setor da saúde. O país já vacina, desde junho, as crianças acima de 12 anos.‍

Paralelamente, a última região do país que possuía restrições mais rígidas de controle vai passar da faixa amarela (obrigatoriedade de máscara mesmo ao ar livre e limite de pessoas sentadas juntas em bares e restaurantes), à faixa branca, com medidas mais leves e flexíveis, onde essas regras deixam de valer.

Regras para entrar no país

Durante um longo período a União Europeia manteve as fronteiras totalmente fechadas. Depois, foi permitida a circulação dentro dos países do bloco. Em um segundo momento, outros países receberam permissão de acesso, mas isso não incluía o Brasil, por ser um local considerado pelas autoridades sanitárias europeias como de alto risco devido ao baixo controle da pandemia. Porém, este quadro também pode se reverter em breve.‍

De acordo com notícias do site Agência Brasil, “na Itália, é proibida a entrada de qualquer pessoa que tenha passado pelo Brasil nos últimos 14 dias. Ou seja, pelo menos até o dia 25 de outubro, quando essa regra passará por revisão, é preciso fazer a quarentena em outro país antes de viajar para a Itália”.‍

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