Um grande passo na vida profissional e acadêmica pode ser investir nos estudos no exterior. Esta experiência, além de ser muito enriquecedora a níveis pessoais, também é um diferencial no currículo e no aprendizado, e pode ser a semente para colheita de ótimos frutos no futuro. Estudar no exterior, por essas e outras razões, é o sonho de muitas pessoas. Em se tratando do Brasil, é comum que os estudantes priorizem os Estados Unidos, a Irlanda, Portugal e Itália. Cada país tem seus atrativos, suas facilidades e também os seus dificultadores. Por isso, uma longa pesquisa é recomendada antes de dar esse passo: avalie bolsas, mensalidades, custo de vida, visto de estudo e trabalho antes de tomar sua decisão de mudança ou de agência para fazer esse intermédio (o que é comum em casos de intercâmbio, mas não acontece com frequência em níveis acadêmicos mais avançados, como mestrado e doutorado).
Isso porque, estudantes que já concluíram a graduação, têm mais possibilidades para tentar. Existem diversos programas dentro e fora das Universidades, e um intermediador pode mais atrapalhar do que facilitar a fluidez dos processos. Para fazer doutorado na Itália, por exemplo, você pode traçar seu próprio caminho. Se você pretende embarcar neste projeto, veja tudo o que você precisa saber para dar os primeiros passos em direção à sua especialização!
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Como é o doutorado na Itália?
Os cursos variam em algumas áreas, mas, no geral, a duração do doutorado é de 3 anos. Isso não quer dizer que todo esse tempo será ocupado por aulas. É comum que metade do período total do curso seja dedicado a debates, trabalhos e seminários (que geralmente ocorrem de uma a três vezes por semana) e a outra metade seja de dedicação exclusiva à tese e orientação.
Para ver as particularidades de cada curso e seus respectivos programas, o ideal é que você acesse o site das Universidades e confira a aba direcionada ao doutorado. Abaixo, você confere o ranking de 2021, elaborado pela Times Higher Education, das melhores instituições de ensino italianas:
- 1º lugar: Università di Bologna
- 2º lugar: Scuola Superiore Sant’Anna
- 3º lugar: Scuola Normale Superiore di Pisa
- 4º lugar: Universidade Sapienza de Roma
- 5º lugar: Universidade de Pádua
- 6º lugar: Universidade Vita-Salute San Raffaele
Tenho que ter cidadania italiana reconhecida para me candidatar?
Não, mas ajuda. Porque o que ocorre é o seguinte: há uma espécie de cotas reservadas aos estudantes internacionais nas Universidades. Porém, o número de vagas é inferior ao número de vagas destinadas a cidadãos europeus. Isso quer dizer que, proporcionalmente, pode ser que você dispute a sua vaga com um número maior de pessoas, e seus concorrentes virão do mundo todo! Uma outra questão é com relação aos custos. Estudantes internacionais, muito comumente, pagam mensalidades mais altas que os cidadãos italianos/europeus. Por isso, caso você tenha a cidadania reconhecida, você estará em vantagem nesses dois pontos (além de passar por uma burocracia menor para alugar apartamento, viajar e trabalhar enquanto estiver no país).
Como é o processo seletivo?
Antes de iniciar o processo seletivo, você precisará providenciar a documentação exigida pela Universidade. Como já dissemos acima, alguns cursos têm suas particularidades. De maneira geral, essa é a lista de documentos básicos que você vai precisar:
- Diploma do mestrado;
- Histórico do mestrado;
- Currículo acadêmico;
- Proposta do projeto de pesquisa;
- Passaporte;
- Publicações realizadas, se tiver (e é recomendado que tenha);
- Diploma do curso de línguas (inglês e/ou italiano);
- Carta de recomendação, se tiver.
Em posse da documentação você poderá realizar a sua inscrição (que costuma ser paga) e seguir para os próximos passos. São eles:
- Análise dos seus documentos, conquistas acadêmicas, histórico e das publicações enviadas
- Prova escrita, exigida por parte dos cursos
- Entrevista, que pode ser realizada pessoalmente ou online. Aqui, você terá que conversar com os avaliadores em inglês ou italiano, e contar para eles quais são as suas motivações de estudo e explicar também sobre sua proposta de pesquisa.
Quanto custa o doutorado na Itália?
A média dos cursos é de 2 mil euros, que podem ser divididos em mensalidades ao longo do percurso acadêmico. Além disso, existem bolsas totais ou parciais que você também pode concorrer.
Bolsas para doutorado na Itália
As Universidades têm seus programas individuais de bolsas, essas informações estão sempre disponíveis nos respectivos sites. Além delas, o Governo Italiano também custeia estudos de alunos de destaque, e eles podem ser estudantes nacionais ou internacionais. Os dois principais programas de incentivo são:
- ADISU: Onde você deve procurar a instituição regional Agenzia per il diritto allo studio, da faculdade pretendida.
- MAECI: Programa que atua nacionalmente, com bolsas oferecidas pelo Ministero degli Affari Esteri e Coperazione Internazionale.