Qualidade de vida na Itália: como é viver no país?

Qual a principal mudança que as pessoas que se mudam para a Itália, ou para a Europa, de maneira geral, buscam? Muitas vão para trabalhar, no intuito de juntar dinheiro ou de construírem uma vida profissional por lá, na esperança de serem profissionais mais reconhecidos e mais valorizados financeiramente. Outras pessoas vão para estudar nas grandes Universidades, buscando experiência acadêmica e destaque no currículo. Há quem vá para “tentar a vida” também, sem um objetivo definido ou um caminho traçado.

Seja como for, todo mundo busca uma melhor qualidade de vida. Apesar de ser um termo amplo, há um consenso até pouco literal sobre o que isso significa. Em uma olhada rápida no conceito, temos definido que “qualidade de vida é o método utilizado para mensurar as condições de vida de um ser humano, é o conjunto de condições que contribuem para o bem estar físico e espiritual dos indivíduos em sociedade”. Em suma, qualidade de vida é algo que todo mundo quer (e merece) ter.

E como é a qualidade de vida na Itália? Será que, por ser um país europeu, já se trata de uma garantia que por lá as pessoas vivam melhor? E quais os indicadores que podem ser analisados para se chegar a uma resposta, visto que qualidade de vida não é só uma “sensação”? É sobre isso que vamos falar neste artigo. Se qualidade de vida é importante para você e se uma vida na Itália está em seus planos (ou, pelo menos, em seus sonhos), siga a leitura conosco!

Índice de desenvolvimento Humano (IDH) na Itália

Este índice foi elaborado pela ONU e se trata de um indicativo que engloba processos econômicos, sociais e educativos de cada país. Se trata de um critério de referência para monitorar a evolução ou a queda destes fatores ano após ano. A classificação se orienta da seguinte forma:

  • IDH muito alto: países com uma avaliação superior a 0,80.
  • IDH alto: países com uma avaliação entre 0,70 e 0,80.
  • IDH médio: países com uma avaliação entre 0,55 e 0,70.
  • IDH baixo: países com uma avaliação inferior a 0,55.

Para referência, Noruega, Suíça, Irlanda, China e Islândia  estão no topo da lista. A Itália não está mal colocada, e ocupa o 29° lugar, à frente da Estônia e atrás de Malta. O Brasil vem caindo de posições e agora ocupa o 84° lugar da lista (atrás de países como Uruguai, Argentina e Rússia, por exemplo). O ranking completo de 2020 você pode conferir aqui.

Voltando ao IDH italiano, vale ressaltar que a região de Trentino é a que possui o IDH mais alto. Não por coincidência, a cidade de Trento foi apontada como uma das melhores para se viver no país pelo ranking do jornal Il sole 24 ore. Já a região da Sicília é a que apresenta o IDH mais baixo do país.

Como é a saúde e educação na Itália

O serviço de saúde pública na Itália se chama Servizio Sanitario Nazionale e tem um funcionamento semelhante ao SUS. Cada cidadão tem o seu posto de atendimento relativo ao local onde mora. Ela pode se consultar com os médicos de família ou precisar de um encaminhamento para especialista. A principal diferença entre o serviço de saúde italiano e o brasileiro é que, no Brasil, o atendimento é totalmente gratuito. Já na Itália algumas taxas incidem sobre as consultas e exames.

Sobre a educação, a Itália está à frente do Brasil, e recebe muitos estudantes brasileiros e de todo o mundo. Existem diversos programas de bolsas de estudo e isso ajuda a atrair os estudantes. Se comparada a outros estados da União Europeia, os índices da educação italiana ficam um pouco atrás dos países vizinhos, não deixando, ainda assim, de ser considerada como excelente!

Leia mais: Como funciona o sistema de saúde italiano

Igualdade social

Este ponto também deve ser considerado quando a análise de qualidade de vida em algum lugar é feita. O poder de compra na Itália está apenas alguns centavos abaixo da média europeia. Por lá, os salários funcionam um pouco diferente de como é no Brasil. Em vez de haver uma regra padrão com relação ao salário mínimo, cada área, com seus respectivos sindicatos, definem o piso salarial dos trabalhadores. Então o salário mínimo existe, mas varia com relação ao campo profissional, não havendo um valor estabelecido de forma unânime.

A taxa de desemprego circula na média dos 10% de acordo com o site Trading Economics, e de acordo com o ISTAT, 4,6 milhões de pessoas se encontram em situação de absoluta pobreza no país. Como referência, a Itália possui hoje uma população total de mais de 60 milhões de pessoas.