Salário na Itália: quanto se ganha no país

Nós temos um convite para você: que tal arrumar suas malas, pegar o seu passaporte e se mudar para Itália? Parece uma boa ideia? Nós achamos também! O sonho de ter uma experiência internacional, de ir estudar fora ou realmente de ir sem ter data para voltar é bastante comum. E não é porque se trata de um sonho que ele não pode vir a se concretizar e adquirir o rótulo de plano ou objetivo. Para isso, duas coisas são necessárias: organização e planejamento. E planejar envolve de tudo, onde morar, com quem ir, quando ir e qual a fonte de renda. Pode ser uma tarefa difícil juntar dinheiro o suficiente para ficar muitos meses fora, especialmente em moedas que valem mais que o Real. Mas, você sabia que trabalhar de forma absolutamente legal em outros países não precisa ser algo complicado? E, sabendo disso, que tal se informar mais sobre o salário na Itália?

Após concluir o seu processo de reconhecimento de cidadania você poderá usufruir de todos os direitos que um cidadão europeu possui. Por isso mesmo, terá mais facilidade em uma série de processos, em especial, os burocráticos. Sendo, um deles, a questão da empregabilidade. Se você se mudar para a Itália como estudante, é possível trabalhar. Se você vai como turista, a situação se altera. Mas se você tem a sua cidadania italiana, você terá as mesmas possibilidades legais de trabalhar que alguém nascido no país. Siga conosco na leitura para saber mais sobre os salários na Itália.

Existe salário mínimo na Itália?

Existe e, ao mesmo tempo, não existe. Em diversos países da União Europeia o salário mínimo funciona da mesma forma que ocorre no Brasil. Um valor é determinado pelo Governo Federal de cada país e, conforme se faz necessário, este valor vai passando por reajustes para acompanhar a inflação. Porém, na Itália (assim como na Dinamarca, Áustria, Suécia, Chipre e na Finlândia) isso não acontece. O que não quer dizer que o trabalhador fica desprotegido, mas as regras são diferentes.

O que ocorre é que cada categoria sindical se organiza e define o piso salarial daquela categoria específica. Então o salário mínimo existe sim e deve ser aplicado, porém não de forma geral, mas dentro de cada área. Isso ocorre no Brasil também (pisos e tetos salariais de determinadas categorias). Então há mais semelhanças do que diferenças. O que não há na Itália é o “salário mínimo geral”. Para consultar qual é o da sua área ou profissão, você pode acessar o site Il tuo salario (não se trata de um site oficial do governo italiano, mas possui essas informações).

Para ter uma média dos valores, veja só:

  • Trabalhadores não qualificados (como babás ou empregados domésticos): salários entre €600 e €900.
  • Trabalhadores com pouca qualificação (como vendedores e atendentes): salários entre €1.100 e €1.500.
  • Trabalhadores com qualificação média (como setor hoteleiro, por exemplo): salários entre €€ 1.600 e €1.800
  • Trabalhadores com qualificação alta (como médicos, engenheiros, entre outros que envolvam maior percurso acadêmico): salários entre €1.900 e €2.500

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Nada mau, não é? Estes valores, mesmo o dos trabalhadores que não tiveram possibilidade de se qualificarem para funções mais específicas do mercado de trabalho, é capaz de suprir um estilo de vida relativamente confortável, ainda que de forma mais modesta. Especialmente, levando em consideração que o custo de vida na Itália não é dos mais altos dentre os países da União.

Os setores mais procurados por imigrantes

Embora cada pessoa possa, é claro, trabalhar em sua área de formação, alguns setores são mais procurados por estrangeiros, são eles: Fábricas em geral; salões de beleza; bares, hotéis e restaurantes; comércio varejista; construção civil e agricultura.‍

E os benefícios, como funcionam?

Aqui, temos outra diferença para o Brasil. Enquanto, em nosso país, é obrigatório que as empresas paguem auxílios como o vale transporte e o vale alimentação, as horas extras, férias, o 13º salário, entre outros direitos do trabalhador, na Itália não há essa obrigatoriedade de forma central. Ou seja, funciona assim como o salário mínimo, onde não há uma unidade para todas as categorias profissionais. Cada sindicato se organiza e articula as melhores condições possíveis para seus trabalhadores.