Entenda como funciona o sistema universitário da Itália

sistema universitário

A educação é importante para você, no sentido de formação universitária? Embora exista muito conhecimento espalhado por lugares além dos livros, podemos concordar que, para se inserir no mercado de trabalho no modelo de sociedade que nós vivemos hoje, a preparação acadêmica geralmente é um divisor de águas. Mais do que isso, é ela que pode auxiliar na conquista de melhores empregos, promoções e  por consequência, sonhos. E é justamente essa a motivação de muitos jovens e adultos ao se mudarem para a Europa: a conquista de uma vaga nas universidades por lá; Este é um grande diferencial no currículo e oferece também, é claro, a incrível experiência de morar em outro país.

Estudar na Itália exige mais do que sonhar com isso. Além de se preparar – acadêmica, emocional e financeiramente – é necessário que se entenda como o sistema universitário do país se estrutura, já que existem algumas diferenças estruturais quando comparamos com o que conhecemos no Brasil. Então, se você buscar dar este passo na sua vida ou oferecer uma oportunidade de educação diferenciada e, por consequência, profissional aos seus filhos, siga a leitura deste artigo conosco e veja tudo o que precisa saber sobre o sistema universitário italiano. Lembrando também que, através do reconhecimento da cidadania italiana, o estudante tem acesso a uma série de facilidades, tanto no sentido de ingresso quanto no valor das mensalidades.

Leia também: Saiba como fazer pós-graduação na Itália

A universidade pública é paga?

 

Já que estávamos falando sobre mensalidades, achamos que faria sentido que este fosse o primeiro tópico abordado no texto. Ao contrário do que acontece no Brasil, onde as universidades públicas são isentas de qualquer tipo de pagamento, na Itália é necessário pagar. E isso não acontece somente no país, é este o sistema em boa parte dos Estados pertencentes à União Europeia. Leve em consideração que estamos falando de sociedades onde a desigualdade econômica é infinitamente menor quando comparada à realidade brasileira. É possivelmente por isso que, mesmo com os pagamentos mensais, a educação seja um bem de fácil acesso. Além disso, existem bolsas e incentivos do governo para que os alunos de baixa renda não sejam excluídos da universidade. Bolsas que estão direcionadas tanto a estudantes italianos quanto vindos de outros lugares do mundo!

Porém, os cidadãos europeus têm uma vantagem nesse sentido: o valor das mensalidades. Eles são mais baixos para quem nasceu na Itália ou em qualquer outro país da UE. Os estudantes internacionais, sejam eles brasileiros, americanos, japoneses, suíços, marroquinos ou de qualquer outro país não pertencente ao bloco econômico europeu, pagam mais caro. A diferença desses valores pode ser verificada dentro dos sites das próprias universidades (geralmente na página dos cursos escolhidos, já que há variação nos preços de um curso para outro). E adiantamos uma informação: trata-se de uma diferença considerável.

Ciclos de estudo

A divisão dos períodos de estudo também é diferente na Itália e em toda a Europa tendo como referência a divisão no Brasil, que costuma ser de 8 a 10 semestres. Por lá, essa organização acontece por meio dos ciclos. Veja como:

Laurea ou 1º Ciclo

O primeiro ciclo dura 3 anos de estudo. Neles, são distribuídos 180 créditos que podem ser obtidos através de, no máximo, 20 exames avaliativos. Aqui, além da formação básica para o curso escolhido, também há enfoque nos conhecimentos práticos necessários para a colocação do aluno no mercado de trabalho. Quando o estudante se forma neste ciclo, ele recebe o grau de Dottore (causa confusão com o doutorado, então atenção).

2º ciclo: Laurea Magistrale ou Laurea Magistrale em ciclo único

Aqui há duas possibilidades: o ciclo Laurea Magistrale, que vem após o primeiro ciclo e dura dois anos, ou o Laurea Magistrale em ciclo único, que dura cinco ou seis anos, a depender do curso pretendido. Nestes ciclos estão formações como:

  • Medicina e Cirurgia
  • Odontologia
  • Medicina Veterinária
  • Farmácia
  • Química e Tecnologia Farmacêutica
  •  Arquitetura
  • Engenharia

Os alunos de mestrado também se situam no 2º ciclo.

3º ciclo do sistema universitário italiano: Pesquisa e especialização

Aqui estão os alunos de doutorado (para saber como se tornar PhD na Itália, leia este post aqui). O título de admissão mínimo necessário é o Laurea Magistrale, e a duração da pesquisa do candidato pode ser de 3 a 4 anos. Ao final, após a apresentação e aprovação da tese, é conferido ao aluno o título de Doutor de Pesquisa.