Economia italiana: entenda o impacto da COVID-19

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A Itália está em seu radar como destino de passeio de férias e turismo ou para se mudar para lá, mesmo que em caráter temporário? Em ambos os casos, existem alguns pontos que vale a pena ficar atento. Isso porque eles podem impactar na sua decisão e, estar bem informado, certamente te ajudará a tomar as melhores decisões para você de acordo com as suas necessidades.

Não é novidade para ninguém que a pandemia de covid-19 trouxe muitos males. Além das muitas vidas perdidas, também fomos todos forçados a mudar drasticamente os nossos hábitos. Foi preciso nos afastarmos das pessoas que gostamos, dos lugares onde frequentamos e até das rotinas profissionais ou de estudo. Além de toda essa longa lista, o coronavírus também trouxe sérios impactos para a economia de quase todos os países.

É bem verdade que alguns tiveram danos ainda mais profundos do que outros, mas perfeitamente ilesos, nenhum deles passou. Somente pelo fator do turismo já é possível fazermos essa avaliação, já que as viagens ficaram suspendidas por um bom tempo. Além disso, o setor comercial e de lazer também sofreu muito, fora os muitos gatos com saúde, que foram fundamentais para estarmos na situação de mais estabilidade em que nos encontramos hoje.

E como está a economia na Itália neste momento “pós-pandemia”? Veja em nosso artigo!

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A economia italiana

Assim como aconteceu no Brasil e em diversos estados membros da União Europeia, a Itália teve a economia abalada devido à pandemia. Em 2020, por exemplo, quando a situação foi extremamente delicada no país, o PIB teve queda de quase 9%. Com isso, a Itália foi o país mais afetado durante a pandemia, em comparação aos outros da UE.

É claro que agora a situação está muito mais controlada. O comércio está reaberto, assim como os restaurantes, bares, hotéis, estádios e, também muito importante, as fronteiras.

A previsão para o ano de 2022 é um crescimento de até 6%. Pode parecer pouco significativo, mas já representa um certo alívio para a economia italiana. Para fazer um paralelo, antes da pandemia de coronavírus, o PIB italiano estava com crescimento de 0,3% ao ano, de acordo com o Ministero dell’Economia e Delle Finanze.

Green pass e reabertura das fronteiras

O “green pass” é o equivalente ao certificado de vacinação que temos no Brasil.

Quando a Itália abriu as fronteiras para turistas que vinham de dentro da União Europeia, o green pass foi a forma de seguir com o controle sanitário dentro do país. Além de apresentá-lo na hora de embarcar, o documento também é necessário para quem quer ter acesso a espaços de compras, gastronomia e lazer. Além de ser exigido também em hotéis, albergues e AirBnbs.

Com isso, foi possível reaquecer diversos setores que dependem de viajantes sem arriscar uma nova onda de contaminação neste país que já foi o epicentro da pandemia, ainda quando estávamos no início destes 2 anos de muitas adaptações.

Recentemente, a Itália abriu também as fronteiras para os turistas brasileiros, que não precisam mais ficar de quarentena ao desembarcarem em solo italiano – mas devem estar munidos do certificado de vacinação e do teste negativo para covid.

Ou seja, se você está com saudades das cidades italianas, já tem sinal verde para começar a montar o seu próximo roteiro de viagem!

Desemprego na Itália

Apesar da flexibilização das medidas, o aumento do desemprego foi inevitável e a economia sofreu com isso. Os índices italianos figuram entre os mais altos de toda a Europa. Em 2019 a taxa era de 10%, mais alta que em países como Grécia e Espanha, que já vinham de um momento de crise.

A máxima foi atingida em abril de 2021, com 10,7% da população ativa, situada às margens do mercado de trabalho.

Atualmente,  o nível segue alto, mas vem registrando queda, ainda que timidamente. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (Istat), em novembro do último ano o número de desempregados era de 9,2%, sendo as taxas mais altas entre as pessoas que possuem o ensino fundamental completo.

Porém, o cenário é promissor e especialistas indicam que a tendência do desemprego na Itália é de seguir em queda.