Viajar é uma fonte inesgotável de experiências, certo? Existe uma frase muito conhecida, apesar de que também existam também, dúvidas com relação à sua autoria, que diz “viajar é a única coisa que, apesar de custar dinheiro, faz com que você fique mais rico”. Apesar de discordarmos, no sentido de que há outras coisas que causam o mesmo efeito (os livros e os investimentos financeiros podem nos apoiar nessa), concordamos inteiramente com a mensagem central. Costumes, povos, gastronomia, arquitetura, cultura e arte são múltiplos e oportunidade de conhecer coisas novas não faltam para quem está sempre disposto a desbravar o novo.
E que tal conhecer algo novo na Itália? O país é tão rico cultural e historicamente que, quer você pense em ir pela primeira vez, quer você vá pela vigésima primeira, sempre terá algo a ser descoberto. Pratos que você nunca provou, museus com peças únicas, pessoas e suas histórias, arquitetura, povoados e muito mais. Por exemplo, se nós perguntarmos qual é a língua falada na Itália você, muito provavelmente, vai responder “italiano”. E estará correto, o idioma italiano é sim a língua oficial da Itália, mas, por ser a oficial, não quer dizer que seja a única. Existem diversos dialetos que seguem sendo falados no país. Você sabe quais são eles?
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Quais são os dialetos que seguem sendo falados na Itália?
Antes de ser unificada como país, a Itália era um conglomerado de cidades-estados e reinos, cada um (ou cada grupo), possuía sua língua ou sua forma central de comunicação. Nesta mesma época, o dialeto utilizado em Florença (chamado fiorentino), atual capital da Toscana, era o mais empregado nas relações comerciais e, por isso, foi o dialeto indicado para ser o oficial e o que veio a dar origem ao que conhecemos hoje como a língua italiana. Apesar de não ter sido precisado com exatidão o número de dialetos falados na Itália, pode-se afirmar que uma média de 60% dos italianos segue se comunicando por meio deles e pelo italiano, sendo que, destes, 5% utilizam somente o dialeto como forma de comunicação.
Para elencar os dialetos de forma mais unificada, eles foram classificados conforme as regiões em que são utilizadas: Roma, Nápoles, Sicília, Milão e Veneza.
Vêneto
Ao contrário da maior parte dos dialetos conhecidos, o Venêto não se originou das tradições gálico-italianas. Por isso, mais do que se assemelhar à língua italiana, ele se parece com o português.
Milanês
Este é um dos dialetos mais conhecidos no país. Diferentemente do Vêneto, o Milanês traz em si semelhanças com a língua francesa (nas conjugações) e alemã (nas vogais herdadas de seu alfabeto).
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Siciliano
Neste caso, torna-se mais difícil atribuir semelhança entre o dialeto e alguma língua conhecida. Isso acontece porque a região da Sicília passou por múltiplas invasões e colonizações. Povo árabes, alemães, gregos, espanhóis, entre outros deixaram marcas culturais e linguísticas na região. Por isso, o dialeto Siciliano é tão particular e único.
Napolitano
Nem só de pizza se vive Nápoles, é claro. E, dados a tradições como são, trata-se de um dos dialetos que mais conservou os seus formatos originais, tendo se mantido muito fiel ao que era falado mesmo após o passar dos séculos.
Romano
Também conhecido como dialeto Romanesco, este dialeto é um dos que mais é familiar para quem não conhece dialetos ou mesmo para os turistas que vão visitar a Itália. Também por isso é um dos que mais é retratado no cinema ou na televisão!