Itália para crianças: é um bom país?

Itália para crianças

Você já parou para pensar sobre como teria sido a sua vida se você tivesse crescido em um outro país como, por exemplo, a Itália? Nós não temos dúvidas de que uma infância passada no Brasil pode sim ser muito feliz e repleta de recordações pra lá de especiais. Porém, é natural divagar sobre os outros rumos que a vida poderia ter tomado. Se você tem filhos, ou pretende ter, e pensa na possibilidade de criá-los na Itália, essa reflexão pode se tornar ainda mais forte dentro do seu dia a dia. Como qualquer escolha, os planos de se mudar com a família para outro país e se estabelecer longe da terra natal podem trazer pontos positivos e negativos. O importante é fazer um contraponto entre eles e analisar a situação com tempo, cuidado, e munido do maior número de informações possível. Somente assim você terá segurança e embasamento para tomar a sua decisão.

Os pontos negativos você provavelmente já sabe: estar longe da família pode dar uma sensação de insegurança e desamparo, especialmente para quem tem filhos. Ter os pais, irmãos e amigos de longa data para contar é sempre um afago. Porém, a mudança de país não significa que você vai perder todos os seus pontos de apoio, apenas que você terá a oportunidade de trazer novas pessoas para a sua vida. E o que ninguém se lembra: todo mundo vai querer passar as férias na sua casa! Então, não se preocupe, é bem provável que as reuniões entre amigos e família sejam conservadas. Quem sabe até, intensificadas. Além disso, a nossa moeda é desvalorizada com relação ao euro, o que pode impactar na renda e no estilo de vida das famílias. Por fim, aprender um novo idioma e cultura é desafiador, mas também traz grandes experiências! Então, vamos logo ao que interessa: como é criar os filhos na Itália?

Leia também: Qualidade de vida na Itália: como é viver no país?

Educação

Este é, muito provavelmente, um dos principais pontos na cabeça dos pais que cogitam ir morar na Itália com filhos ainda em idade escolar (o que comporta desde a pré escola até os cursos de graduação e especialização). Este ponto você provavelmente já imagina, mas vale reforçar que a educação italiana é excelente, avaliada como uma das melhores do mundo. Por lá, os dias de escola são diferentes do Brasil. É comum que as crianças tenham aulas também aos sábados, e o horário costuma ser das 8 horas da manhã até as 13h, num total de 40 horas por semana. O sistema educacional gratuito é muito bem estruturado. Na época da graduação isso muda, já que a maior parte das Universidades é paga, mesmo as que pertencem ao estado. Porém, alunos de nacionalidade italiana pagam tarifas mais baixas que os alunos internacionais (eis aí um dos motivos pelos quais é importante adicionar os filhos nos processos de reconhecimento de cidadania. Veja como fazê-lo aqui.) 

A questão da inclusão também é levada a sério. Apenas cerca de 1% das crianças com necessidades especiais deixam de estudar de forma integrada aos demais alunos. Outro ponto importante é a língua, já que as aulas são ministradas em italiano. Porém, as escolas possuem tutores que auxiliam neste processo. Uma outra opção é matricular os filhos em escolas internacionais, que têm aulas em inglês, mas que são, em sua maioria, pagas. 

Saúde

Assim como a educação, a saúde pública também é boa na Itália. Porém, ao contrário do SUS, que arca com todas as despesas que o cidadão possa ter, na Itália a saúde pública não é totalmente gratuita. As taxas de consultas e determinadas internações ou cirurgias são calculadas de acordo com a renda da família e costumam ter preços acessíveis. Além disso, crianças de até 6 anos, parte de famílias em vulnerabilidade econômica podem usufruir do Servizio Sanitario Nazionale (SSN) sem custos. 

Itália para passear (com as crianças)

Caso você não pense na Itália para crianças de forma definitiva, mas para passear, saiba que pode se tratar também de uma boa escolha! Muitas das cidades têm atrações a céu aberto, o que dá mais liberdade para as crianças. Além disso, os parques e praças têm o relevo ideal para os carrinhos de bebê, já que não costumam envolver subidas e descidas e são, de modo geral, muito bem cuidados. 

Os museus e passeios fechados também praticam entrada franca até uma certa idade, ou a meia entrada para estudantes, tornando tudo mais viável. E se você busca atrações específicas para os pequenos, tome nota das nossas sugestões: 

  • Museo dei Ragazzi (Florença)
  • Planetário (Florença)
  • Aquário (Gênova)
  • Parque Gardaland (Verona)
  • Museu dos jogos (Milão)
  • Museo dei bambini di Milano (Milão)
  • Museo di Storia Naturale (Veneza)
  • Museo d’arte per bambini (Siena)
  • Zoológico de Roma (Roma)
  • Magic Land (Roma)